sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Análise da ironia e das estratégias criativas da escrita machadiana

Machado de Assis foi um escritor do realismo Brasileiro, ele pensava que, o comportamento humano era determinado por causas precisas, ele sabe deixar na sombra e no mistério aquilo que seria inútil explicar, por isso não caiu na vulgaridade de outros realistas.

A ironia, marca registrada de Machado, tem o intuito de criticar a sociedade Burguesa da época, porém ele usava as palavras muito bem escolhidas, era sútil e sofisticado, usava de deboche e seu humor sarcástico era apreciado e por isso se tornou um grande escritor ainda em vida, apesar de ser mulato e pobre, o que poderia ter lhe tirado todo o prestigio na época.

A ironia usada pelo escritor é para fazer com que o leitor desconfie do que de fato aconteceu, dos pensamentos, declarações e caráter das personagens, podemos citar o exemplo de Capitu em Dom Casmurro em que o auto deixa implícito se de fato a personagem traiu ou não Bentinho, fica a critério do leitor desvendar esse impasse.

Por esse motivo as obras de Machado possuí um olhar pessimista com relação ao ser humano, onde em suas obras as personagens não são nem bons e nem maus, estão apenas refletindo a realidade daquela época.


Memórias Póstumas De Brás Cubas é uma obra de Machado lançada em 1981, nela um defunto que é o autor (Brás Cubas) conta como passou sua vida até o momento de sua morte, a prosa não tem uma ordem cronológica já que começa no início de seu enterro, e ao desenrolar ele esclarece como chegou naquela situação.

No primeiro capítulo de Brás Cubas temos a declaração do amigo do defunto que se refere a ele como um homem de caráter e honrado, Brás Cubas logo em seguida comenta que não se arrepende da herança deixada para esse amigo, dando-nos a entender que a personagem só estava o elogiando por conta da herança recebida.

O autor-defunto ora age como um mero espectador distante dos acontecimentos, ora como extremamente presente e até comovido com os fatos ocorridos. O autor e a personagem se misturam no decorrer da história, tendo assim duas visões de narrativas

“O Conto da Vara”, Machado nos faz refletir a cerca da conduta Moral dos personagens, simbolizando através da entrega da Vara o para que Sinhá Rita castigue Lucrécia em troca da ajuda que ela oferece para ele fugir do Seminário, evidenciando o egoísmo de Damião se contrapondo a fragilidade de Lucrécia,“negrinha, magricela, um frangalho de nada”. Através dos personagens como o padrinho João Carneiro e Sinhá Rita, Machado deixa implícito a relação entre os dois como quando o padrinho responde a carta dizendo que Damião não terá salvação pois vai ter que voltar ao seminário, Sinhá Rita responde "Joãozinho, ou você salva o moço, ou nunca mais nos vemos”, faz com que o leitor reflita sobre essa relação ser apenas amizade ou se há interesses amorosos, já que a viúva é uma amiga muito próxima de João Carneiro. Quanto ao Pai de Damião, ele é a representação do totalitarismo, já que ele não aceita as escolhas do filho.

O livro “Memorias póstumas de Brás Cubas”, e “O Conto da vara”, são diferentes, mas a intenção do autor é a mesma, criticar a sua sociedade, suas condutas morais e sociais, com sua incrível arte da ironia e de sarcasmo sútil.

http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/3547407


http://www.filologia.org.br/xvii_cnlf/cnlf/05/11.pdf
https://prezi.com/hfxi7t_yr142/bras-cubas-e-a-ironia-machadiana/

Aline Aureliano Alves
Janete Pereira de Oliveira
Mariana Gouveia de Souza
Regiane Lopes da Silva
Rosana Cristina dos Reis Oliveira

Ambientação da obra: O cortiço

O livro “O Cortiço” é uma alegoria do Brasil do século XIX, o autor escreve um romance em tese, que é uma das características do Naturalismo, com este romance Aluísio de Azevedo tenta provar que o comportamento humano tem base na influência do meio, da raça e do momento histórico.

Ao analisar o romance podemos encontrar a característica do Naturalismo na ambientação da obra, pois o autor realiza a narrativa sem qualquer traço de idealismo, ele tenta ser o mais fiel possível a realidade daquela época, podemos ver isso nos vocabulários dos personagens carregado de originalidade e realismo levando em consideração a época em que o romance foi escrito. Aluísio descreve bem como o naturalismo, a animalização dos personagens, os instintos naturais, tais como o sexual e de sobrevivência. A obra apensar de ter sido escrita a muitos anos não deixa de ser atual, pois estes desafios estão presentes na humanidade.

O seu romance descreve como os personagens se comportavam, a influência do meio em que viviam, e o momento histórico do século. Tem bastantes detalhes de como as pessoas vivem no local, as relações que mantem. A crítica que o autor passa é a reflexão sobre o naturalismo, onde quem vence, é sempre o mais forte. Como nos adaptamos as nossas necessidades, como o seu humano pode ser bom e ruim e os paradigmas que temos que enfrentar.


O autor descreve seus personagens não bons ou maus mais como acreditava que as pessoas eram. Esses detalhes faz com que O Cortiço e os personagens pareçam o mais real possível para seus leitores, levando-os a acreditar que realmente esse cortiço existia tamanha realidade empenhada na obra.

O ambiente na Obra é explorado de forma que há um contraste entre o cortiço e o sobrado de Miranda, enquanto o cortiço representa as classes mais baixas, a exploração que
cerca os moradores que ali vivem o sobrado de Miranda representa a ascensão da burguesia e a elite do Brasil.

Podemos dizer que o personagem principal dessa obra é o próprio cortiço, pois é nele que são refletidos os sentimentos humanos, é o reflexo dele que encontramos em seus personagens. Em quanto às pessoas aparecem no romance de forma animalizada, como personagens tipo, (personagens que simbolizam um tipo de pessoa na sociedade), o cortiço é comparado a um organismo vivo que cresce e se desenvolve, mais como uma força ruim que determina o caráter moral de seus habitantes, o cortiço é descrito como um local sem estrutura, casas sem conservação sem higiene alguma, uma moradia para todas as raças, seus moradores vivem em completa degradação.

Aline Aureliano Alves
Janete Pereira de Oliveira
Mariana Gouveia de Souza
Regiane Lopes da Silva
Rosana Cristina dos Reis Oliveira

Análise de perguntas de vestibular sobre a obra: Memórias de um sargento de milícias

1. (FUVEST) Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)


Glossário:

1algibebe: mascate, vendedor ambulante.
2saloia: aldeã das imediações de Lisboa.
3maganão: brincalhão, jovial, divertido.

Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria

a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em oposição ao refinamento dos brasileiros.
b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares, mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero.
c) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do Naturalismo.
d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante do Romantismo.
e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.

ANÁLISE: A pergunta acima para ser respondida além de ter um conhecimento da obra, é necessário também saber em qual período ela foi escrita, Romantismo, para não cair nas "pegadinhas" e confundir o trecho com o Naturalismo, ou acreditar que o autor em sua escrita estava descrevendo a brutalidade dos Portugueses ou revelando preconceitos raciais. Como sabemos o Romantismo tem por característica o amor idealizado entre os casais, logo, sabendo que a obra está no contexto do Romantismo vemos que o amor que surge entre Leonardo e Maria não é idealizado ou sentimental, ao contrário surge de uma brincadeira da pisadela e do beliscão. Assim, a única resposta correta seria a "D".


2. (UFLA) Considerando a narrativa de Memórias de um Sargento de Milícias, é INCORRETO afirmar que a obra

a) Se passa nas ruas e casebres do Rio de Janeiro, retratando de modo grotesco a sociedade carioca: as festas, batizados, procissões. É um romance de costumes.
b) Pode ser considerada como romance pré realista, apresentando, contudo, vários pontos de contato com o Romantismo, como, por exemplo, o final feliz.
c) Possui foco narrativo em 1º pessoa, com o narrador sendo figura de destaque e participando de inúmeras passagens.
d) Apresenta uma linguagem marcada pelo tom Coloquial, o linguajar do povo, com as nuances típicas das “conversas das comadres, moleques soldados”.
e) Descreve as cenas com um toque de realismo e de documentário da vida da época, incorporando costumes e acontecimentos do Rio de Janeiro.


ANÁLISE: A letra C é a incorreta, pois a narrativa é realizada na 3º pessoa, onde o narrador está presente em todas as cenas, não apenas narrando os acontecimentos mais também os sentimentos de cada personagem durante toda narrativa.




3. (FUVEST) – Era este um homem todo em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, e excessivamente calvo; usava de óculos, tinha pretensões

de latinista, e dava bolos nos discípulos por dá cá aquela palha. Por isso era um dos mais acreditados na cidade. O barbeiro entrou acompanhado pelo afilhado, que ficou um pouco escabriado à vista do aspecto da escola, que nunca tinha imaginado.
(Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias)
Observando-se, neste trecho, os elementos descritivos, o vocabulário e, especialmente, a lógica da exposição, verifica-se que a posição do narrador frente aos fatos narrados caracteriza-se pela atitude:

a) crítica, em que os costumes são analisados e submetidos a julgamento.
b) lírico-satírica, apontando para um juízo moral pressuposto.
c) cômico-irônica, com abstenção de juízo moral definitivo.
d) analítica, em que o narrador onisciente prioriza seu afastamento do narrado.
e) imitativa ou de identificação, que suprime a distância entre o narrador e o narrado

ANÁLISE: No trecho apresentado, trata-se do primeiro dia de Leonardinho na escola e o narrador faz uma breve descrição da figura do pedagogo, apesar de o nome da obra ser Memórias de um sargento de Mílicas, o narrador não narra suas memórias porque trata-se de um narrador onisciente, ele descreve as memórias de Leonardinho e aqueles que os cerca com um tom irônico, tecendo comentários sobre o ato de narrar, recaptulando para o leitor episódios que são significativos para a narrativa, a alternativa que pode ser considerada correta é a letra “C”.


4. (FUVEST) Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:


a) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.
b) Este herói de folhetim se dá a conhecer, sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.
c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.
d) Enquanto cínico calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge condenado o próprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.
e) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.

ANÁLISE: O protagonista desde livro, ao contrario do esperado na época, era um anti-herói, um tipo que tinha mais defeitos do que qualidades, um cara comum, alguém que se misturava aos demais, um personagem que vive de “jeitinhos”, um típico malandro, como muitos outros personagens cometia alguns desvios de moral, mais sempre mantendo o humor e se aproveitando da boa sorte para se safar, no caso de Leonardo a esperteza e a sorte sempre o ajudavam a se “dar bem”.


5. Em relação à obra de Manuel Antônio de Almeida – MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS – pode-se afirmar que:

a) é uma autobiografia que relata, na primeira parte, as diabruras infantis do romancista e, na segunda, suas façanhas de adolescente.
b) é um texto biográfico que se concentra nas proezas, especialmente amorosas, do protagonista, e também relata, com rigor histórico, os acontecimentos do Segundo Reinado.
c) é um texto baseado em memórias alheias sobre as quais o narrador exercita a sua imaginação, sem deixar de relatar cenas e costumes da realidade do Segundo Reinado.
d) é uma biografia romântico-idealista, que relata as memórias sentimentais de um sargento de milícias, vivenciadas nas camadas baixas do Rio de Janeiro.
e) é uma autobiografia que relata as memórias do protagonista sem ocultar os defeitos de seu caráter e os costumes do grupo social da época do rei D. João VI.

ANÁLISE: O romance fala do Rio de Janeiro do inicio do Século XIX e que retrata um malandro da sociedade da época. Faz uma critica a sociedade, e que neste período a família real estava no Brasil, e o romance não e narrado pelo personagem, Leonardo e sim por um narrador onisciente em terceira pessoa. O romance e cheio de aventuras, confusões, ordem e desordem são as característicasda sociedade colonial, e o intuito do livro foi fazer a critica a esta sociedade, que fingia não saber o que se passava. Na época foi um escândalo revelar algo que a sociedade tinha conhecimento, mas que se fazia de cego, uma grande afronta.

Aline Aureliano Alves
Janete Pereira de Oliveira
Mariana Gouveia de Souza
Regiane Lopes da Silva
Rosana Cristina dos Reis Oliveira

As personagens femininas de Alencar

O livro Til é um romance que retrata o século XIX, onde podemos encontrar grande reverencia nacionalista, uma das grandes características de Jose de Alencar, e do Romantismo. O cenário escolhido é do interior de São Paulo e conta uma historia de tema universal, que é a luta do bem contra o mal. Uma historia sobre as classes sociais rurais, e centros urbanos, separando os proprietários de terras, escravos e pessoas humildes.

Falaremos das personagens femininas dessa história, são elas, Besita, Zana, Nhá Tudinha, Dona Ermelinda, Linda e a nossa personagem principal Berta.

Besita é a mãe biológica de Berta, era uma moça humilde, considerada a mais bela da cidade que foi alvo da paixão de dois homens, Luís Galvão e Jão Fera, mais que acaba se casando com um terceiro o Sr. Ribeiro, logo após seu casamento é enganada, e acaba grávida de Luís Galvão, depois do nascimento de Berta, é assassinada por seu marido logo após ele descobrir sua traição.

Zana era mucama de Besita, e sabe os segredos de família, inclusive sabe que Berta é filha de Luís Galvão, mais a serviçal enlouquece depois de presenciar o assassinato de sua Senhora.

Berta acaba sendo criada pela mãe biológica de Miguel, Nhá Tudinha é viúva, é acaba por perder grande parte de seus bens devido a uma má colheita, uma mulher cujas características físicas se mistura entre feminino e masculino, ela e a personificação de antítese, anjo-demônio.

Dona Ermelinda um pessoa gananciosa, que teve uma educação europeia e digna de uma dama de sua época e gosta de controlar tudo a sua volta, ela é esposa de Luís Galvão, mais não conhece o passado do marido, é uma mulher que não segue os costumes do interior paulista, vive nos moldes europeus e sua falta de simpatia a encaixa no perfil da senhora típica dos livros de Alencar.

Linda é filha de Luís Galvão, irmã de Afonso, e amiga de Berta, tem uma personalidade dócil, ela é uma menina educada nos moldes da sociedade da época, mas ela não faz distinção de classe social e é amigável com todos, é a personagem responsável pelo romance que é contado na história, ela é apaixonada por Miguel e com a ajuda de Berta está paixão acontece.

As personagens seculares são importantes na história, mas o romance está totalmente focado na personagem principal, todas as histórias estão em torno de Berta.

Nesta obra Berta é a típica heroína romântica, bondosa, feminina, pobre e que busca sempre ajudar o outro mesmo que para isso tenha que se sacrificar. Berta apesar de ser decidida e corajosa sempre foi protegida por Jão que representa a figura paterna em sua vida. No final da narrativa Berta tem a oportunidade de morar com seu legitimo pai, o Fazendeiro Luis Galvão, porém Berta nega o convite e continua com sua humilde vida na fazenda onde mora.

No capitulo III da obra, Alencar faz uma descrição de Berta, fisicamente sabemos que ela é uma moça de estatura pequena, magra, com vestimentas simples de origem humildade, porém há uma personificação feminina na figura de Berta já que ela também é uma mulher muito bonita. Contudo, nesse mesmo capítulo o autor deixa claro que há uma antítese na construção da figura de Berta, ao mesmo tempo em que ele a descreve com uma graciosidade feminina ela também é retratada com uma coragem e personalidade muito forte, o que não era comum no retrato das mulheres da época. “Busquem nela a graça da moça e encontrarão o estouvamento do menino.” Pg.6

No sec XIX a mulher era vista com um ser frágil e não tinha voz nem diretos na sociedade ou em sua casa, as obras de Alencar de maneira sutil retratam esse pensamento, mesmo que suas personagens femininas sejam sempre heroínas no final percebemos que o autor nos da como que uma lição, e a mulher volta a ser um individuo sem direitos, é perceptível que na obra há certo contraste entre as personagens, já que Berta é a típica heroína, as personagens secundárias, representam a fragilidade feminina, temos como exemplo Besita que é assassinada pelo marido, Zana que fica enlouquecida, Nhá tudinha que representa a dona de casa que sempre está realizando seus afazeres domésticos, enquanto Dona Ermelinda e Linda representam a educação baseada no molde das épocas.

Bibliografia
ALENCAR, José de. TIL. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos. 6 p. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000142.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2017.


Aline Aureliano Alves
Janete Pereira de Oliveira
Mariana Gouveia de Souza
Regiane Lopes da Silva
Rosana Cristina dos Reis Oliveira


Levantamento de estudos acadêmicos sobre: Carta de Pero Vaz de Caminha e Sermão da Sexagésima

É possível encontrar inúmeros textos acadêmicos que tem como referência a Carta de Pero Vaz de Caminha e o Sermão da Sexagésima. As obras apresentadas servem como um registro histórico acerca do Brasil Colonial, já que ambos textos retratam basicamente o mesmo período, o Quinhentismo, que tem como marca incial a Carta de Pero Vaz de Caminhas em (1500). 

Para Antônio Cândido, em sua concepção de literatura como sistema, não é possível considerar essas obras como parte do que ele considera como sistema literário: 

“A existência de um conjunto de produtores literários mais ou menos conscientes de seu papel; um conjunto de receptores, sem os quais a obra não vive; um mecanismo transmissor (de modo geral, uma linguagem, traduzida em estilos), que liga uns a outros” (p. 23).


O que para autor significa que esses textos são apenas manifestações literárias do Quinhentismo. 

Embora ambos os textos não tivessem de fato uma intenção literária, apresentam em comum o olhar do colonizador sob a terra e podem ser estudado sob outros aspectos. Há inúmeros textos acadêmicos que tem como referência a Carta de Pero Vaz de Caminha e o Sermão da Sexagésima estes estudos em grande parte estão relacionados a área de Letras e História. 

No ponto de vista da História como um documento histórico que apresenta dados ocorridos no passado, os trabalhos analisam também a perspectiva do Português a respeito do índio e a forma que o mesmo é retratado, além de analisar a escrita de Pero Vaz e os elementos principais encontrados em sua carta. Já na perspectiva de Letras além de ser um documento histórico possui também valor Literário e que fala sobre a Gramatica da época utilizada na carta e sobre a forma que o índio é visto e descrito pelo autor. 

Quanto ao Sermão do Padre Vieira um do tema mais utilizado são os tipos de argumentos; e as estratégias gramaticais mais usada para que se tenha um discurso claro e eficaz, após muito tempo passado ainda é utilizado as mesmas estratégias de discurso argumentativo na esperança de convencer um Público Alvo sobre o que se quer passar. Nos trabalhos dos cursos de Letras, Historia e Linguística, é notável que o escrito tem como foco principal falar das estratégias de argumentação usadas para convencimento dos leitores do texto. 

Em síntese, os trabalhos mostram as estratégias de linguagem que são usadas na carta que é escrita de uma forma, que os leitores tenham interesse de conhecer esta nova terra e no sermão que tem o objetivo persuadir os leitores os fazendo acreditar nas ideias a eles apresentadas. O Sermão usa uma forma de difícil compreensão aos ouvintes, para que assim eles acreditem que por ser um escrito complexo, seja recebido como verdade absoluta. Os trabalhos discutem estas estratégias de argumentação que fazem com que os ouvintes acreditem e concordem com o escritor. 

Referencias bibliográficas

http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/llpt/I_a_P/Lit_ Brasilr_I/aula_01/02.html> Acesso em: 20 de Agosto de 2017

http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/article/viewFile/10915/ 8606

https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/14012

http://www.scielo.br/pdf/paideia/v17n37/a05v17n37.pdf

http://www.revistaversalete.ufpr.br/edicoes/vol4-07/13%20A%20constru%C3%A7 %C3%A3o%20aleg%C3%B3rica.%20Joise%20Maria%20Luft%20PRONTO.pdf

http://www.unicamp.br/chaa/eha/atas/2010/roberta_ribeiro_prestes.pdf

http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/248/201

http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/3461/2/20209400.pdf

https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/105144/000941278.pdf?sequen ce=1

Aline Aureliano Alves
Janete Pereira de Oliveira
Mariana Gouveia de Souza
Regiane Lopes da Silva
Rosana Cristina dos Reis Oliveira