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em 1517 por Gil Vicente, o Auto da Barca do Inferno foi definido por Gil
Vicente como o Auto da moralidade, com tema religioso focado na analise critica
da sociedade da época com intenção moralizante. O Auto da barca do inferno tem por cenário
duas barcas para onde vão as almas daqueles que morrem, sendo a barca do
Paraíso comandada pelo Anjo e a do Inferno, comandada pelo Diabo e seu
companheiro o enredo passa-se em torno do julgamento dos personagens pelo o que
fizeram em vida, o Diabo acusa e o Anjo absorve, encaminhando os personagens
para uma das duas embarcações, os personagens representam a nobreza, o clero e
o povo. Apenas o Parvo, devido a sua modéstia e humildade e Os Quatro
Cavaleiros devido a sua glorificação do ideal das cruzadas e do espírito do
Cristianismo puro são merecedores de entrar na barca. ,
Em
1955, séculos depois Ariano Suassuna escreve o Auto da Compadecida, uma peça
teatral também escrita em forma de auto, apresentando regionalismo já que toda
sua caracterização acontece no Nordeste Brasileiro, remetendo aos autos
medievais escritos por Gil Vicente onde é possível fazer uma analogia com o “O
Auto da Barca do Inferno”, já que a peça resgata elementos do teatro popular,
contidos nos autos vicentinos e também da literatura de cordel.
A
peça retrata o drama vivido pelo povo nordestino, perseguidos pela seca,
atormentados pela fome e a miséria, oprimidos e subjugados por famílias de
poderosos coronéis, apresentando um desfecho moralizante de acordo com a doutrina
da católica, Suassuna nos apresenta João Grilo, personagem representativo do
povo nordestino que se utiliza da esperteza para sua sobrevivência.
Assim
como no Auto da Barca do Inferno em o auto da Compadecida, os personagens são
levados a julgamento, dirigido por Deus acompanhando de Nossa Senhora
Aparecida, advogada e intercessora dos pecadores, e o Diabo. O Julgamento acontece
acerca das condições existenciais dos personagens, quanto Gil Vicente em sua
obra, os julga devido aos seus valores morais. Nas duas peças julgam-se os
vícios, as vaidades e glorifica-se a humildade.
No
Auto da barca do inferno o Diabo é protagonista levando ao decorrer da peça
todo o humor e ironia, quanto em o Auto da Compadecida Manuel e Maria, se
humanizam com as falhas humanas porque considera os homens sujeitos de pecados,
apresentado uma visão religiosa mais flexível.
Aline Aureliano
Aline Aureliano
dde facto
ResponderExcluirdde facto
Excluirdde facto
Excluireu me sinto mal
ResponderExcluirsinto como se tivesse feito algo de errado
ResponderExcluirnão, sinto como se não fosse merecedor de algo
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